quinta-feira, 19 de julho de 2012

JUAZEIRO - PETROLINA

Começamos a viagem por Petrolina - Juazeiro por ser um polo desenvolvido importante para a região do Semi Árido, por haver diversos projetos em relação ao desenvolvimento econômico regional, tendo bases da EMBRAPA, da CODEVASF, e de grandes médias e pequenas fazendas produtoras de uva e manga para exportação.



    plantação de uva em larga escala

   empacotamento das frutas

A cidade de Petrolina se desenvolveu muito com a agricultura irrigada e a cidade reflete esse desenvolvimento. É bem cuidada e possui algumas boas universidades, ao contrário de Juazeiro, que é um pouco degradada. Daí deve, ou talvez também por outros fatores da história que desconheço, existe uma rivalidade entre ambas. Apesar de apenas um rio as separar, Juazeiro e Petrolina são muito diferentes entre si até mesmo no sentido de pertencimento por seus moradores. 

http://www.youtube.com/watch?v=wv8lNrTXB4Q (O CIÚME, POR CAETANO VELOSO)

   de petrolina, a vista de juazeiro.

Em Petrolina fomos ao bodódromo, uma praça cheia de restaurantes que servem bode de todas as maneiras! É muito legal e típico da cidade!


Em relação ao meu trabalho, nessa primeira parada da viagem conversei com muitos especialistas envolvidos em projetos para o semi-árido, com opiniões diversas e até mesmo opostas sobre o que se poderia desenvolver no sertão como uma saída econômica, garantisse ao homem a possibilidade de ficar em sua terra ao invés de migrar.
Visitei desde grandes fazendas de exportação de frutas que produzem do adubo para a plantação ao suco; fazendas de produtores familiares com irrigação com a mais alta tecnologia desenvolvida ultimamente (tecnologia em parte importada de Israel e adaptada para esse sistema); até uma associação de artesãos ou uma tradicional casa de farinha, onde se produz todos os produtos a partir da mandioca. Neste última, a EMBRAPA fazia um trabalho de mínima intervenção nessa tradição de processo com o intuito de dar melhores condições de trabalho ao mecanizar alguns processos e dar verba para uma melhor higiene e também visando a proteção do meio ambiente ao coletar um líquido tóxico que sai da mandioca ao se fazer a tapioca. Como se pode ver, visitei coisas muito opostas.






    casa de farinha 


    líquido tóxico que sai quando se espreme a mandioca. quando decanta, o que resta vira a goma da tapioca









Ao conversar em algumas instituições sobre a saída pelo modo de produção coletiva, como cooperativas e associações, não fui muito estimulada. Disseram que lá nenhuma deu certo. Achei tudo muito estranho... depois de ir à Casa da Farinha, pensei que não era possível que o processo coletivo não desse certo! Ali era um exemplo muito objetivo de que ele dá certo. Bastava saber se em um processo produtivo a coletividade daria certo, pois a casa da farinha se trata de uma tradição para consumo de subsistência e o que excede se vende. Desta forma, saí de Petrolina- Juazeiro com o intuito de visitar várias cooperativas que tinha escutado a respeito nas cidades seguintes.








Nenhum comentário:

Postar um comentário